No nosso quotidiano é nos oferecido um conjunto de informações sobre qualquer tema, mas quando falamos de política, qual é o meio mais consciente para nos informarmos? E enquanto jovens, de que forma nos podemos integrar?
Segundo um estudo recente da Universidade Portucalense mais de 60% dos jovens que frequentam o ensino superior pouco conhecem sobre os partidos mais recentes. Neste sentido, surgem as juventudes partidárias com o propósito de incluir os jovens na política e torná-los mais conscientes quanto ao tema.
Um estudo da Fundação Calouste Gulbenkian revela os três pontos fulcrais destas organizações. Primeiramente “a dimensão substantiva da representação dos jovens, isto é, a capacidade de tradução por parte dos partidos políticos das prioridades e interesses dos jovens em medidas concretas de ação política”. Em segundo lugar, a proximidade dos jovens perante os partidos, seguindo as suas ideologias e motivações para a adesão às juventudes partidárias. E, por último, como podem agir em grupo para os interesses internalizados: “mobilizando jovens eleitores para os objetivos da organização partidária mais ampla” e consequentes estratégias para o mesmo efeito.
Em Portugal existem algumas juventudes partidárias e, em conversa com alguns dos elementos da Juventude Socialista (JS), da Juventude Social Democrata (JSD) e da Juventude Popular (JP) esclarecemos de que forma é que estas ajudam no combate à desinformação a nível político nas faixas etárias mais jovens.
Miguel Costa Matos, membro da JS e um dos deputados mais jovens do parlamento afirma a importância da imprensa, dos meios de comunicação social e da visualização da página do parlamento para uma melhor obtenção de informação. Quanto à integração dos mais jovens, atividades realizadas no âmbito escolar são consideradas uma boa estratégia para o desenvolvimento dos mais novos a nível político.
Do lado da JSD, Bárbara Coquim, estudante de direito na Universidade de Coimbra aponta para os jornais, transmissões on-line dos diversos partidos, notícias, livros e telejornais como os meios mais conscientes capazes de responder às nossas necessidades enquanto cidadãos votantes.
Membro da JP do CDS-PP, Sofia Pereira não partilha da mesma opinião que a jovem da JSD, pois na sua perspetiva, canais, revistas e jornais são sensacionalistas e fontes de informação pouco fidedignas. Fala também dos debates televisivos atribuindo-lhes maior valor, especialmente em época de eleições.
Análise de alguns estudos realizados e opiniões dos membros das juventudes partidárias a dividirem-se, mas com parecer geral que a forma mais consciente para obtermos informação são meios de comunicação social.