O sonho na escuta e o escape nos auscultadores…

Francisco Sena Santos, Jornalista e Professor da Escola Superior de Comunicação Social

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Siddharth Bhogra

Vivem sempre conectados, quase sempre envolvidos pelo que lhes entra no ouvido através de um auscultador sem fios. O telemóvel abre-lhes a via para as plataformas e também para a rádio. Tudo é áudio, tem palavras e, sobretudo, ritmo.

 

Através da música a geração que nasceu à volta do ano 2000 procura uma escapatória para o que na vida lhes é amargo. É uma forma para uma jovem geração que cresceu em anos de crise, que sofreu o isolamento da pandemia e que está a ser inquietada pela guerra inimaginável, contornar as tantas aspirações contrariadas e até poder sonhar. Algumas vezes, lidar com a tristeza.

Neste programa do REC ouvimos quais são os sons preferidos por esta geração. Há hip-hop e heavy metal, jazz e música popular, há muito desejo de novidade mas também cabe a tradição com as tunas universitárias, os grupos corais ou as bandas filarmónicas.

Fica evidenciado que o ouvido é, entre os nossos 5 sentidos, aquele que mais liga com a parte do cérebro dedicada à gestão das emoções e que o áudio também serve de fuga para o excesso de estímulo visual.

Neste programa participaram Inês Moreira e a Mathilde Amaral, da Universidade da Beira Interior; Inês Batista, Maria Carvalho e Nuno Pereira, da Universidade do Minho; Francisco Palma, da Escola Superior de Comunicação Social; Maria Rosa, Valentina Guedes e Marisa Carreira, do Instituto Politécnico de Leiria; Beatriz Guerra, Cristiana Domingues e Miriam Gonçalves do Instituto Politécnico de Viseu; Carolina Valente e Rodrigo Costa, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A apresentação é de Sérgio Saavedra, da Universidade Autónoma de Lisboa. A edição e coordenação de Francisco Sena Santos e de  Miguel van der Kellen.