Passo-a-passo. Da fibra de celulose até à folha do jornal

Francisco Faria (Universidade Católica de Lisboa)

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O mercado do papel tem sido afetado pela chegada das plataformas digitais. Ainda assim, essa transformação não retira ao papel a relevância do setor na economia do nosso país. Passámos uma noite na gráfica Grafidesport e testemunhámos o processo de fabricação do jornal Correio da Manhã.

Segundo dados da Associação da Indústria Papeleira, só em Portugal existem oito fábricas de produção e transformação de papel. Nós consumimos boa parte do papel que produzimos. Porém o volume de negócio dessa indústria tende a crescer no estrangeiro. O ano de 2016 foi crucial com o volume de exportações a subir perto de 12 pontos percentuais face a anos anteriores.

Os primeiros registos de fabricação remontam à China do século II. O processo consiste na extração de fibras de celulose da madeira, convertidas em papel após uma série de processos industriais.

Ainda que o online tenha vindo a ganhar cada vez mais terreno, o papel é ainda indispensável em diversos setores económicos. A imprensa escrita só é possível graças ao papel. Em Portugal o número de tiragens do total das publicações é significativo – na ordem dos 350 mil milhões de exemplares no ano de 2017.

Em média, são necessárias 20 toneladas de papel para imprimir 100.000 exemplares do Correio da Manhã.